terça-feira, 2 de outubro de 2007

A milhões de cliques da Inclusão Digital

O Brasil é o país com o maior número de horas/mês navegadas por internauta, também utilizamos o e-mail mais que ninguém e gastamos ainda mais horas em outros meios de comunicação, como o MSN e o Orkut.

Mesmo assim, não nos surpreende saber que também possuímos um dos piores níveis de excluídos digitais dentre os países sub-desenvolvidos. De uma pesquisa entre 180 países, ficamos no 71º lugar, com 54% da população sem ter nunca tocado em um computador, nem sequer uma vez na vida.


Como combater a exclusão digital e promover a inclusão social

Para que o Brasil passe a fazer parte da era digital efetivamente, não basta apenas permitir o acesso desta fatia da população ao computador. Afinal, grande parte das pessoas têm, sim, máquinas à seu alcance, seja no trabalho ou em lugares públicos, mas continuam sendo analfabetos digitais.

Mantendo um acompanhamento dos alunos, em centros de tecnologia, e oferencdo cursos com avalizações, as chances da tecnologia ser assimilada são muito maiores. O importante é mostrar, na prática, a utilidade da informática no cotidiano dessas pessoas, seja em suas casas ou no trabalho.



O que está sendo realmente feito no estado do Rio de Janeiro

Infelizmente, o Rio de Janeiro é um dos estados que mais sofre com a falta de projetos na área, principalmente se compararmos os dados com nossa cidade vizinha, São Paulo: 1ª em projetos e pontos de inclusão digital do país. Estamos atrás até do nordeste, região onde se esperava uma taxa bem maior de exclusão. No Rio, cabe ao setor privado e às ONGs oferecer esse serviço às comunidades, o governo não possui um programa sério sequer nesta área.

(ver final do post para centros no Rio)


Os métodos estão sendo eficiêntes?

Um mal natural do Brasil é o aproveitamento de uma iniciativa tão nobre para fins políticos e suas propagandas. É o chamado Clientelismo Digital. Muitos telecentros são criados, mas não há acompanhamento e logo que se retiram da comunidade não deixam nada de concreto para trás, servem apenas para mostrar interesse por parte do gorverno ou de um político em particular.

É necessário uma parceria entre governo e iniciativa privada, de forma que o primeiro não se responsabilize apenas por incentivos financeiros, mas formule políticas públicas de inclusão digital, diretrizes e avaliações para controlar os telecentros. Gerenciando a aplicação dos investimentos na área, evita-se os usuais abusos que desfavorecem e até mesmo impedem o trabalho de organizações sérias.

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Uma boa iniciativa é a ONG carioca, o Comitê para Democratização da Informática (CDI), que possui inúmeros centros de inclusão digital, implementando programas educacionais desde 1995 no Brasil e no exterior. Desde 1999, a Microsoft apóia o CDI como ferramenta de desenvolvimento humano.

Visite o site do CDI: http://www.cdi.org.br


*Telecentros: locais onde os cursos e o acompanhamento para a inclusão digital acontecem e o acesso à máquinas com internet é oferecido à comunidade.


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