terça-feira, 23 de outubro de 2007

Um bom artista copia, um GRANDE artista rouba


A frase acima define bem a revolução que ocorreu na área da computação, entre as décadas de 70 e 90. As duas grandes protagonistas, Apple e Microsoft, se utilizaram de idéias e softwares alheios para chegar ao que são hoje e a história de ambas está mais entrelaçada do que muitos imaginam. E é essa história que é abordada no filme Piratas da Informação (Pirates of Silicon Valley).

Apesar de ser um misto de realidade e ficção, os acontecimentos mostrados no filme são verdadeiros e os personagens principais da trama têm sua personalidade bem representada. O filme mostra que a Apple e a Microsoft possuem culturas completamente diferente. Steve, desde o início, é retratado como alguém em busca de algo espiritual e artístico, enquanto que Bill Gates é mais prático, com a mente totalmete voltada para os negócios e o mercado.

O fato é que se não houvesse a apple, o desenvolvimento dos computadores pessoais seria diferente. Enquanto a Microsoft mal possuía um sistema operacional básico (o DOS) para os computadores da IBM, a Apple já havia explodido no mercado com o Apple II. Com o protótipo do MacIntosh em andamento, utilizando uma interface gráfica amigável ao usuário final e o mouse, a Apple se colocou séculos a frente de qualquer outro concorrente (essas tecnologias, a propósito, eram da Xerox!).

A saída? Roubá-la, claro.

A sacada de Gates foi conseguir roubar a tecnologia (enquanto ‘trabalhava” para a Apple, como empresa independente) e lançar o Windows no mercado antes do Mac. No filme, ao se deparar com a traição, Steve diz que o sistema deles era inferior ao do Mac, ao que Bill responde: “Você ainda não entendeu, não é? Não importa”.

No fim, vemos que a Apple não era tão inocente quanto muitos ainda acreditam, ela fazia ampla apologia à pirataria, dizendo que era melhor piratear do que ser pirateada. No final, quando foi roubada, não podia reclamar muito. Ladrão que rouba ladrão...

O filme “Pirates of the Silicon Valley” pode ser encontrado em qualquer locadora. Mas como tudo o que é o bom é roubado ou copiado, você também pode assistir de graça no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=3BJu2GAkf2k


Fatos interessantes:

- Quando a microsoft vendeu o DOS para a IBM eles não tinham sistema nenhum para vender. Não que eles o desenvolveram depois da venda, compraram por apenas $50.000

- A Xerox deu praticamente de graça a interface gráfica amigável ao usuário final e o mouse, que seus funcionários desenvolveram, pois não via potencial em nada daquilo. Juntas, essas duas invenções revolucionaram a história da computação.

- A HP recusou o primeiro computador pessoal que Steve Wozniak (o outro Steve da Apple) inventou, não vendo mercado para isso. “Oo que as pessoas vão fazer com um computador?”

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Admirável mundo pós-moderno


O termo “pós-modernismo” nasceu em 1930, mas apenas em 1979 foi expandido pelo filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação “A Condição Pós-Moderna".

Entre suas principais características podemos destacar a disseminação da tecnologia, a revolução das ferramentas de comunicação e evolução da informática. Economicamente falando, ela é capaz de induzir as pessoas ao consumo exagerado.


O indivíduo pós-modernista tem extrema preocupação em satisfazer seus desejos imediatos. A quantidade de informação, na maioria das vezes inútil, contribui para a formação de cidadãos cada vez mais passivos, desmobilizados e inseguros, além de transmitir a idéia de um mundo consumista sem limites.

Enquanto verdadeiras fortunas são aplicadas em pesquisas e avanços tecnologicos, grande parte da população mundial não possui sequer acesso ao mínimo necessário para sua sobrevivência.

O ser humano pós-moderno é indiferente à política, duvida dos valores morais e da realização individual no trabalho. Surge então uma crise de identidade, ligada a objetos e informações descartáveis que produzem personalidades também descartáveis.

O que realmente deveria existir em nossa sociedade é um investimento na formação de um cidadão consciente, plenamente capacitado para utilizar os veículos modernos de comunicação afim de construir uma sociedade moderna, porém viva.




Fontes: http://www.espacoacademico.com.br
http://www.coladaweb.com

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A milhões de cliques da Inclusão Digital

O Brasil é o país com o maior número de horas/mês navegadas por internauta, também utilizamos o e-mail mais que ninguém e gastamos ainda mais horas em outros meios de comunicação, como o MSN e o Orkut.

Mesmo assim, não nos surpreende saber que também possuímos um dos piores níveis de excluídos digitais dentre os países sub-desenvolvidos. De uma pesquisa entre 180 países, ficamos no 71º lugar, com 54% da população sem ter nunca tocado em um computador, nem sequer uma vez na vida.


Como combater a exclusão digital e promover a inclusão social

Para que o Brasil passe a fazer parte da era digital efetivamente, não basta apenas permitir o acesso desta fatia da população ao computador. Afinal, grande parte das pessoas têm, sim, máquinas à seu alcance, seja no trabalho ou em lugares públicos, mas continuam sendo analfabetos digitais.

Mantendo um acompanhamento dos alunos, em centros de tecnologia, e oferencdo cursos com avalizações, as chances da tecnologia ser assimilada são muito maiores. O importante é mostrar, na prática, a utilidade da informática no cotidiano dessas pessoas, seja em suas casas ou no trabalho.



O que está sendo realmente feito no estado do Rio de Janeiro

Infelizmente, o Rio de Janeiro é um dos estados que mais sofre com a falta de projetos na área, principalmente se compararmos os dados com nossa cidade vizinha, São Paulo: 1ª em projetos e pontos de inclusão digital do país. Estamos atrás até do nordeste, região onde se esperava uma taxa bem maior de exclusão. No Rio, cabe ao setor privado e às ONGs oferecer esse serviço às comunidades, o governo não possui um programa sério sequer nesta área.

(ver final do post para centros no Rio)


Os métodos estão sendo eficiêntes?

Um mal natural do Brasil é o aproveitamento de uma iniciativa tão nobre para fins políticos e suas propagandas. É o chamado Clientelismo Digital. Muitos telecentros são criados, mas não há acompanhamento e logo que se retiram da comunidade não deixam nada de concreto para trás, servem apenas para mostrar interesse por parte do gorverno ou de um político em particular.

É necessário uma parceria entre governo e iniciativa privada, de forma que o primeiro não se responsabilize apenas por incentivos financeiros, mas formule políticas públicas de inclusão digital, diretrizes e avaliações para controlar os telecentros. Gerenciando a aplicação dos investimentos na área, evita-se os usuais abusos que desfavorecem e até mesmo impedem o trabalho de organizações sérias.

------------------------------------


Uma boa iniciativa é a ONG carioca, o Comitê para Democratização da Informática (CDI), que possui inúmeros centros de inclusão digital, implementando programas educacionais desde 1995 no Brasil e no exterior. Desde 1999, a Microsoft apóia o CDI como ferramenta de desenvolvimento humano.

Visite o site do CDI: http://www.cdi.org.br


*Telecentros: locais onde os cursos e o acompanhamento para a inclusão digital acontecem e o acesso à máquinas com internet é oferecido à comunidade.